Operação Paraná III se destaca pela conectividade e segurança cibernética
Cascavel/PR - Um dos maiores exercícios militares do ano no Brasil destacou-se não apenas pela participação das Forças Armadas de outros países, mas também pela alta tecnologia empregada. Com modernos computadores, sistemas desenvolvidos pelo próprio Exército e recursos humanos qualificados, o Exercício Combinado de Ajuda Humanitária Paraná III foi marcado também pela conectividade e segurança cibernética, o que proporcionou eficiência e produtividade aos trabalhos.
O Quartel-General da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, em Cascavel/PR, funcionou na semana passada como uma espécie de centro tecnológico da Conferência dos Exércitos Americanos (CEA), organização militar de caráter internacional da qual fazem parte os 13 países participantes do Exercício.
Na situação criada para o Exercício, o país denominado “Amarelo” enfrenta uma séria instabilidade política, econômica e social. Para piorar, sofre com as fortes chuvas, fator que agrava a crise. Com a catástrofe natural, a situação torna-se caótica em todo o território. Em estado de calamidade e sem condições de resolver os problemas sozinho, o Governo “Amarelo” solicitou apoio internacional da Organização dos Estados das Américas (OEDA), uma organização criada de forma fictícia, no contexto do Exercício.
A imprensa simulada critica as ações da Força Terrestre no país ou presta apoio, dependendo da linha editorial dos veículos de comunicação locais. Até entrevista coletiva é simulada, onde os repórteres são alunos de jornalismo da FAG (Fundação Assis Gurgacz).
A Operação Paraná III serve de preparação para um grande exercício que ocorrerá no terreno em 2023 e consolidará ainda mais o Brasil como uma referência mundial em missões de ajuda humanitária.
Notebooks, mapas, telefones, projetores e telões espalham-se pelas salas do Centro de Operações. Já na estrutura da Direção do Exercício, um simulador de reconhecimento aéreo, com óculos de realidade virtual, imerge os participantes em diferentes cenários, o que facilita a identificação de situações, economiza recursos, evita o desgaste físico e adestra os militares, do Soldado em solo com a tropa ao General no helicóptero tomando decisões.
Do lado de fora, um caminhão armazena estrutura de tecnologia de informação e distribui pontos de acesso aos usuários. Com internet por satélite, transportável e sem necessidade de infraestrutura extra, como energia elétrica, o veículo pode ser usado como um centro de operações móvel, porém, completo.
“Temos ferramentas e analistas para proteger os ativos e a infraestrutura do Exército Brasileiro, garantir a segurança da informação e a defesa cibernética. Fazemos monitoramento e bloqueios necessários para evitar males à rede ou acesso a conteúdos inadequados, mas com disponibilidade da internet para assessorar os militares em seus planejamentos. Nossa tríade é baseada em eficiência, conectividade e segurança”, explica o Capitão Renato Monteiro, Subcomandante da 15ª Companhia de Comunicações Mecanizada, de Cascavel, e um dos responsáveis por todo o aparato tecnológico do Exercício Paraná.
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