Empresas paranaenses atuam na defesa nacional

Curitiba (PR) - Três projetos de parceria da 5ª Divisão de Exército com empresas paranaenses estão em exposição no Forte do Pinheirinho. Os projetos apresentam exemplos de cooperação para a nacionalização da produção de insumos e materiais bélicos.

Uma das parcerias visa a produção de baterias para as VBTP Guarani, que atualmente são importadas da Itália. A empresa ELO Componentes Eletroquímicos desenvolveu uma bateria similar, produzida em Ibiporã, na região de Londrina, e está realizando testes com o produto. A empresa já enviou um lote com 60 unidades em abril para uso nos blindados da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada. A previsão é ampliar o projeto para as viaturas M113 e M109 AP.

Ainda no esforço de nacionalizar a produção de peças de reposição das viaturas blindadas, outra iniciativa é um composto usado nas almofadas amovíveis dos trens de rolamento das viaturas M109 AP, M113, M577 e Leopard 1 A5. A empresa COMLÍDER Vedações Industriais, sediada em Curitiba, desenvolveu um composto específico para atender aos requisitos de performance das almofadas, que se desgastam com o uso em treinamentos nos blindados. A produção nacional representa uma redução significativa nos custos, além de movimentar a economia paranaense.

No quesito material bélico, a empresa paranaense CSD (Componentes Sistema Defesa – Hubner Moto Mecânica) de Araucária, região metropolitana de Curitiba, desenvolveu o corpo da granada do Morteiro 81mm AE M5, em ferro fundido cinzento nodular. Amostras foram enviadas para testes na IMBEL (Indústria de Material Bélico do Brasil), que irá produzir a espoleta, a carga interna e a carga de projeção.

As parcerias são conduzidas na 5ª DE pela Assessoria COMDEFESA, criada em 2020 com a missão de facilitar e ampliar a participação das indústrias e da academia (Instituições de Ensino Superior) do Paraná na Base Industrial de Defesa.